20 de junho de 2011

Maresias


Sou tronco sem vida e na beira da praia,
Vivo a recordar quando tinha folhas,
E ao vento saudava, só nunca pensava
Em Gaby me deixar.
Eu vivo carente de amor e carinho,
Falta teu beijinho pra me consolar.
Se a felicidade sai do meu caminho
Sou ave, sem ninho, sem pátria, sem lar.
Passo todo tempo contemplando o mar
As ondas quebrando e gaivotas a voar.
Há ondas que vão e ondas que vem,
Só não trás noticia de Gaby, meu bem.
Vejo o verde mar beijando a areia
E a linda sereia meu Deus onde esta,
Não vês meu martírio gemendo e chorando
Em Gaby pensando, no silencio de meu lar,
Foi para Maresias na beira do mar.
Maresias é praia em outro lugar,
Aqui também tem mar só não tem Maresias
Nem tem filha minha pra me consolar.
Mar e Maresias, vivem a se abraçar,
Maresias é praia que recebe o mar,
Só eu e a saudade, sem tu Maresias,
Sem rumo e sem guia e sem Gaby para amar.
Nuvem passageira flutua no ar,
Passa em Maresias, vagando no mar.
Faz sombra na praia de brancas areias
Cobrindo Gaby para o Sol não queimar.
Vou dar o detalhe da minha pequena
É loira e bonita, sabida e mimosa,
De cabelos loiros, sem pele morena,
É minha verbena, meu botão de ouro.
Se ver a garota que estou falando
Vá telefonando para minha morada
Pois ela é tudo que tenho na vida
Minha neta querida e rosa perfumada.
Quero ser liberto desta triste aldeia
Por terras distantes ainda vou passear
Juntinho a Gaby, rolando na areia
Desta tal Maresias, na encosta do mar.
Porque vivo triste e não sei a razão,
Se não tenho dinheiro, não sou o culpado,
Tenho fé em Deus, em minha oração,
E carregando Gaby no meu coração.
Antonio Izidro de Souza

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